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Guia Milão-São Remo (1.WT) - Antevisão


Este sábado, disputa-se o primeiro monumento da temporada. A 'clássica da primavera' que este ano chega mais tarde, é também conhecida por Classicissima, sendo um dos dois monumentos que se corre em Itália, o outro curiosamente é tradicionalmente o  último da época, o Giro da Lombardia.
Como qualquer um dos cinco monumentos, é uma prova apaixonante, com muitas histórias épicas que fazem com que esta clássica lendária seja uma das mais desejadas por qualquer ciclista. É a prova mais longa do ciclismo profissional, com perto de 300 quilómetros.
O final na Via Roma em São Remo já faz parte da história da modalidade, foi nesta avenida que Eddy Merckx venceu todas as sete edições que conta no currículo.
Será a 112ª edição em 112 anos de existência, Eddy Merckx é o recordista com sete vitórias, seguido das seis vitórias de Constante Girardengo, quatro de Gino Bartali e Erik Zabel e três de Fausto Coppi, de Roger de Vlaeminck e Óscar Freire.
A Itália é o país com mais triunfos, 51 no total, seguido da Bélgica com 21 e a França fecha o pódio com 14.
É a 'clássica dos sprinters' e o palmarés prova o porquê dessa alcunha, é o monumento que mais se adequa aos puro sangue da velocidade.

História

últimos 10 vencedores
2011 Matthew Goss (AUS) HTC–Highroad
2012 Simon Gerrans (AUS) GreenEDGE
2013 Gerald Ciolek (GER) MTN–Qhubeka
2014 Alexander Kristoff (NOR) Team Katusha
2015 John Degenkolb (GER) Giant–Alpecin
2016 Arnaud Dèmare (FRA) FDJ
2017 Michal Kwiatkowski (POL) Team Sky
2018 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
2019 Julian Alaphilippe (FRA) Deceuninck-QuickStep
2020  Wout Van Aert (BEL) Jumbo-Visma

Edição 2020




Curiosidades em números 
7: maior número de vitórias, por Eddy Merckx.
6: o número de vitórias do segundo mais vitorioso,Costante Girardengo.
4: o número de vitórias dos terceiros mais vitoriosos, Erik Zabel e Gino Bartali
5: o número de edições vencidas por um ciclista que vestia a camisola de campeão do mundo: Alfredo Binda (1931), Eddy Merckx (1972, 1975), Felice Gimondi (1974) e Giuseppe Saronni (1983)
5.46: tempo mais rápido da subida do Poggio, por Giorgio Furlan em 1994.
9.36: tempo mais rápido da subida da Cipressa, por Francesco Casagrande em 2001.
16: é o número de estreantes que venceram na estreia – o último foi Cavendish em 2009.
20: idade do vencedor mais jovem, Ugo Agostini na edição de 1914.
23: número de curvas da descida do Poggio.
36: idade do vencedor mais velho, Andre Tchmil na edição de 1999.
45: número de corredores que venceram isolados.
45.806: velocidade média (Km/h) mais alta numa edição, por Bugno em 1990.
51: número de edições ganha por italianos (os belgas surgem em segundo com 20).
109: número de edições até 2019.
175: participantes; 25 equipas com 7 ciclistas cada uma.
300: número de quilómetros se a zona neutralizada contasse.
1907: ano da edição inaugural, o vencedor foi: Lucien Petit-Breton (France & Peugeot).
1960: ano em que a subida ao Poggio foi introduzida no percurso.
1982: ano em que a subida a Cipressa foi introduzida no percurso.
2008: ano em que um corredor venceu isolado, o autor da proeza foi Fabian Cancellara, apenas 10 anos depois Vincenzo Nibali repetia a façanha.
20 000: será o prémio em Euros, para o vencedor da prova em 2021.

Percurso

Milão - São Remo (via Roma), 299 Km



O percurso da Classicissima pouco mudou nos últimos anos, com a pandemia, a organização foi obrigada a fazer pequenas alterações porque algumas localidades optaram por evitar ter provas desportivas para evitar aglomerações. Sendo assim, a edição deste ano terá 299  quilómetros de extensão, com as dificuldades a aparecerem na parte final, as subidas ao Cipressa e Poggio, em pano de fundo, a bela vista do mar mediterrâneo.
A primeira dificuldade do dia é o Colle del Giovo que se encontra a meio do percurso e não vai fazer qualquer diferença.
A edição deste ano terá o 'tríptico de Capos' uma sequência de três subidas seguidas: Capo Mele, Capo Cervo e o Capo Berta.  Mas é na Cipressa onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Km com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.


O topo do Cipressa fica a cerca de 21,5 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, o posicionamento no pelotão é essencial na sequência de curvas para a esquerda e direta que dá acesso à reta.


Subidas relevantes:  
277,5 Km - Cipressa (5.7 Km a 4.0%)
293,5 Km - Poggio di Sanremo (3.6 Km a 3.6%)

Meteorologia

Não está prevista chuva, a temperatura irá variar entre os 8 e 12 ºC.  O vento vai soprar fraco no inicio da prova, mas irá ficar mais forte ao longo do dia.


Na Cipressa, soprará moderado/forte de Nordeste o que significa lateral e de costas em grande parte da ascensão. No Poggio continuará a soprar moderado/forte de Nordeste, significa que a parte inicial da ascensão é frontal, mas depois é lateral até ao topo.
Não nos parece que o vento impeça ataques na Cipressa e muito menos no Poggio.


Startlist

Aqui

Favoritos

Chegada massiva ou seletiva?
Esta é a principal questão, as últimas edições têm sido marcadas pela seleção no Poggio ao contrário do que era norma.
Com os 3 mosqueteiros, a probabilidade de um sprint massivo diminuiu ainda mais.  No entanto, a DQT tem duas cartas para o sprint e poderá preferir esse cenário a um embate de Alaphilippe contra Van der Poel e Van Aert.

Wout Van Aert
Terminou o Tirreno-Adriático em grande, venceu o contrarrelógio de forma autoritária. Está em grande forma e pode vencer no sprint, mas também num grupo seletivo.
O belga deverá evitar um mano a mano com Van der Poel, o seu histórico contra o holandês é muito desfavorável. Se possível chegar sozinho a São Remo ou com outra companhia ou até mesmo um sprint massivo, neste último caso Van Aert é superior no posicionamento a Van der Poel.

Mathieu Van der Poel
Neste momento é quase imbatível naquilo que se propõe. No UAE ganhou um sprint massivo, na Strade Bianche simplesmente arrasou a concorrência com uma das melhores exibições da última década e no Tirreno-Adriático ganhou 2 etapas, com direito a um solo de 50 Km.
Atacará na Cipressa ou apenas no Poggio? 

Julian Alaphilippe
Do trio de fenómenos, por incrível que pareça é aquele que tem um sprint pior, por aí já podemos ver o nível da coisa.
Nas últimas edições tem atacado no Poggio e este ano não deve ser diferente. No entanto com Van der Poel na forma que está, provavelmente será ele a ter a iniciativo e não o francês.

Os outros:

Michael Matthews
O australiano parece ser a carta mais fiável além do trio de aliens. Está em boa forma mas mesmo assim não parece ser suficiente para bater qualquer um dos 3.
A solução poderá passar por aproveitar a marcação que eles irão fazer entre si.

Davide Ballerini e Sam Bennett
A DQT este ano poderá optar por outra solução para bater WVA e MVdP que passa por apostar tudo num sprint massivo, onde conta com Davide Ballerini e Sam Bennett. O italiano deve passar o Poggio com tranquilidade já em relação ao irlandês não temos tanta certeza, o seu historial na Classicissima é banal e no Paris-Nice na penúltima etapa ficou completamente a pé numa chegada explosiva.

Philippe Gilbert
Só lhe falta este monumento para o Grand Slam e mudou-se para a Lotto-Soudal com esse objetivo. Com a nova geração a carburar a sua tarefa é muito complicada no entanto parece-nos a melhor opção para Lotto-Soudal, Caleb Ewan não deu boas indicações neste inicio de temporada.
 
Arnaud Démare
Vencedor em 2016 e um dos melhores sprinters em 2020, apresentou-se em 2021 muito longe desse nível. Se fizer top-10 já será uma vitória.

Greg Van Avermaet
Mais um classicómano que está a sofrer na pele a ditadura da nova geração. A Citroen ainda tem Oliver Naesen, mas esse começou o ano bastante longe do melhor.

Michal Kwiatkowski
Vencedor da prova em 2017, tem sido bastante regular na prova mas este ano não parece chegar nas melhores condições. A forma como a Ineos irá abordar a prova é um mistério.

Christophe Laporte
Está na forma da sua vida só lhe falta ganhar, não deve ser aqui mas pode obter um resultado interessante, quem sabe entre os 10 ou 5 primeiros.

Giacomo Nizzolo
É talvez a principal esperança italiana no entanto tal como Laporte dificilmente ganhará, mas estar entre os 5 ou 10 melhores será um bom resultado.

Outros: Nibali, Simmons, Schachmann, Naesen, Pidcock, Cort Nielsen, Aranburu, Kristoff


⭐⭐⭐⭐⭐ Van der Poel
⭐⭐⭐⭐ Van Aert, Alaphilippe
⭐⭐⭐ Matthews, Ballerini
⭐⭐ Van Avermaet, Gilbert
⭐ Nizzolo, Laporte

A nossa aposta: Mathieu Van der Poel
Joker: Davide Ballerini

Seguir em direto: #MilanoSanremo#MSR, @Milano Sanremo

Eurosport 1 (a partir das 11:45)

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