Campeonato do mundo prova de fundo - Elites masculinos - Antevisão
É a única competição de ciclismo que rivaliza com os 5 monumentos e com as grandes voltas. A prova de fundo de Elites masculinos é a mais esperada e a mais importante do programa.
Desde 1927 que se disputa e a luta pela famosa camisola do 'arco-iris' é sempre intensa sendo um dos símbolos mais desejados do ciclismo mundial. O campeão do mundo usa a camisola durante um ano até aos próximos mundiais, durante esse período a presença do campeão do mundo é fácil de identificar. De realçar que não é usada nos contra-relógios, a camisola nessa situação é usada pelo campeão do mundo da especialidade.
Ao longo da história foi ganha pelos maiores nomes do ciclismo mundial. Na lista consta um português, ainda bem fresca na memória coletiva dos adeptos de ciclismo portugueses, uma proeza conseguida no mundial de Florença em 2013, por Rui Costa.
História
Percurso
Leeds – Harrogate, 261.5 Km
Percurso de 258 Km, com mais de 4710 metros de subida acumulada. Com este acumulado, este mundial é perfeito para os trepadores, no entanto, ciclistas como Van Aert ou Alaphilippe têm uma palavra a dizer.
Este ano, o circuito tem 28,6 Km de extensão e vai ser percorrido por 9 vezes.
Os primeiros 4 Km são em subida, com uma zona acima dos 7%, mas as subidas mais duras do circuito são:
- Mazzolano, com 2,8 Km a 5,9%, com uma zona acima dos 12%, o topo situa-se a 20 Km da meta;
Os últimos 12 Km, tem mais descida do que subida, porém, há uma pequeno topo a cerca de 2 Km da meta, com uma zona com 7,7% de inclinação média.
Startlist
Condições meteorológicas
Podem aparecer aguaceiros na parte da tarde
Vento moderado a soprar de oeste.
Temperatura mínima 11ºC, máxima 18ºC.
Favoritos
Bélgica
Uma das equipas mais fortes, que tem um dos ciclistas em melhor forma no momento, Wout Van Aert. A sua capacidade de andar bem em qualquer terreno e condições, além de ter um sprint poderoso, faz dele o ciclista a bater, mesmo num percurso com 4700 metros de subida acumulada.
Greg Van Avermaet deverá ser a segunda opção dos belgas, Benoot no Tour não mostrou bons sinais e Wellens no Luxemburgo esteve bastante longe do melhor. Ciclistas como Naesen e Stuyven, podem ser uteis na primeira parte da prova, mas com a quantidade de acumulado é difícil de os ver na decisão.
Itália
Diego Ulissi vem de ganhar a Volta ao Luxemburgo, está em boa forma e o perfil é bom para ele. Vincenzo Nibali é um ciclista que nunca se deve ignorar, o tubarão não se mostrou em forma no Tirreno-Adriático, mas o Giro está aí e a forma já deve ser melhor.
O conjunto italiano é muito forte para este tipo de terreno, Brambilla, Bettiol, Caruso, Masnada e mesmo o jovem Bagioli, forma uma dos conjuntos mais poderosos deste mundial.
Eslovénia
Pogacar ou Roglic, esta é a questão. Os dois são candidatos ao pódio, o perfil é bom para eles, mas terão de despachar ciclistas como Wout Van Aert e Alaphilippe para não terem de lidar com o sprint deles.
Jakob Fuglsang
Este insuperável na Lombardia, mas no Tirreno-Adriático deu um passo atrás, a pensar no Giro. Com este percurso, é um dos principais candidatos a ganhar, a dúvida é saber se está em forma.
Se for aquele que se mostrou no Tirreno-Adriático, então, não é candidato a nada.
Julian Alaphilippe
Não está na forma de 2019, mas também não está muito mal. Em 2020 apenas foi batido por WVA na Milão-São Remo e no Tour venceu uma etapa, além de ter estado muito ativo nas fugas.
É um dos candidatos e deverá mover-se ainda longe da meta, para fazer uma seleção ou ir sozinho.
Alejandro Valverde
Acabou o Tour muito mal, com um contrarrelógio horrendo, o resultado foi a saída do Top-10. Tem uma equipa com Enric Mas e Mikel Landa, apoio não lhe faltará, resta saber se vai ter pernas.
Noutros tempos com este percurso, Valverde era praticamente imbativel.
Tom Dumoulin
O holandês acabou o Tour bastante bem, mas deu maus sinais no contrarrelógio. É um ciclista que quando está bem, é competitivo em qualquer tipo de prova. Lidera a Holanda, que tem uma equipa limitada, portanto ajuda não terá muita.
Portugal
A equipa portuguesa, mais uma vez terá Rui Costa como principal opção. No entanto, Ruben Guerreiro mostrou estar muito bem no Tirreno-Adriático. Os irmãos Oliveira irão distribuir bidões.
Ganhar será muito complicado, mas se Portugal conseguir um top-10 nestes mundiais será um bom resultado.
Uma nota, João Almeida devia estar aqui.
⭐⭐⭐⭐⭐ Wout Van Aert
⭐⭐⭐⭐ Primoz Roglic, Julian Alaphilippe
⭐⭐⭐ Jakob Fuglsang, Tadej Pogacar
⭐⭐ Vincenzo Nibali, Tom Dumoulin, Diego Ulissi
⭐ Alejandro Valverde, Max Schachmann, Marc Hirschi
A nossa aposta: Wout van Aert
Joker: Primoz Roglic
Seguir em direto: @Imola_Er2020, #imola2020
É completamente ridículo do ciclista português em melhor forma de longe não estar convocado, mas pronto.
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