Guia Giro da Lombardia 2020
Este sábado disputa-se o último monumento da temporada, la classica delle foglie morte este ano não faz jus ao nome e disputa-se em pleno verão devido à pandemia. Será a sua 114ª edição, desde de 1905 que se corre com apenas um interregno nos anos de 1943 e 1944, devido à 2ª Guerra Mundial.
Em 1905, a corrida foi instituída com o nome de Milão-Milão, porém dois anos depois, em 1907 a prova adoptou o nome que actualmente é usado, Giro da Lombardia ou Il Lombardia. Nesse ano a Gazzetta dello Sport tomou conta da organização da prova.
A prova já teve vários trajetos, com diferentes pontos de partida e chegada, sendo eles os seguintes:
1905–1960 Milão-Milão
1961–1984 Milão-Como
1984–1989 Como-Milão (Duomo)
1990–1994 Milão-Monza
1995–2001 Varese-Bergamo
2002 Cantu-Bergamo
2003 Como-Bergamo
2004–2006 Mendrisio (SUI)-Como
2007–2009 Varese-Como
2010 Milão-Como
2011 Milão-Lecco
2012-2013 Bergamo-Lecco
2014 Como-Bergamo
2015 Bergamo-Como
2016 Como-Bergamo
2017-2020 Bergamo-Como
A Itália domina o número de vitórias, com a Bélgica e a França a completarem o pódio das nações mais vencedoras na Lombardia, a lista é a seguinte:
Itália-69
Bélgica-12
França-12
Suiça-5
Rep. Irlanda-4
Holanda-4
Espanha-2
Lituânia-1
Luxemburgo-1
Russia-1
Grã-Bretanha-1
Colômbia-1
Fausto Coppi é o corredor mais bem sucedido na Lombardia, a lista dos maiores vencedores é a seguinte:
Fausto Coppi-5
Alfredo Binda-4
Henri Pelissier-3
Costante Girardengo-3
Gaetano Belloni-3
Gino Bartali-3
Sean Kelly-3
Damiano Cunego-3
História
vencedores das últimas 20 edições
2000 Raimondas Rumšas (LTU) Fassa Bortolo
2001 Danilo Di Luca (ITA) Cantina Tollo-Acqua e Sapone
2002 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2003 Michele Bartoli (ITA) Fassa Bortolo
2004 Damiano Cunego (ITA) Saeco Macchine per Caffè
2005 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2006 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Innergetic
2007 Damiano Cunego (ITA) Lampre-Fondital
2008 Damiano Cunego (ITA) Lampre
2009 Philippe Gilbert (BEL) Silence-Lotto
2010 Philippe Gilbert (BEL) Omega Pharma-Lotto
2011 Oliver Zaugg (SUI) Leopard Trek
2012 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2013 Joaquim Rodríguez (ESP) Team Katusha
2014 Daniel Martin (IRL) Garmin-Sharp
2015 Vincenzo Nibali (ITA) Astana
2016 Esteban Chaves (COL) Orica-BikeExchange
2017 Vincenzo Nibali (ITA) Bahrain-Merida
2018 Thibaut Pinot (Fra) Groupama - FDJ
2019 Bauke Mollema (HOL) Trek-Segafredo
Percurso
Bergamo - Como, 230.8 Km
O
percurso tem alternado Bergamo-Como e vice-versa, mas este ano a
organização decidiu manter e a chegada será novamente em Como. O que não
muda é a essência da prova, que é ideal para trepadores. É uma clássica para ciclistas que sobem bem (são mais de 4000 metros de subida acumulada), que passará por alguns locais icónicos do ciclismo italiano.
A
primeira dificuldade aparece aos 47 quilómetros, é o Colle Gallo. Mais
meia centena de quilómetros e chega a segunda dificuldade do dia o
Colle Brianza, que tem uma rampa máxima de 20%.
Mas é a partir dos 150 quilómetros que a prova torna-se realmente exigente,
com a ascensão a Madonna Ghisallo, logo seguido do temível Muro di
Sormano, curto mas extremamente duro, com rampas acima dos 20% e onde
poderá ser mexida a corrida, como aconteceu em anos anteriores. Depois
vem uma descida técnica e
uma zona plana, antes do Civiglio, que tem o seu topo a 13,6 quilómetros
da meta.
O final em Como conta com uma subida que está colocada a pouco mais de 5 quilómetros da meta, San Fermo della Battaglia.
O final em Como conta com uma subida que está colocada a pouco mais de 5 quilómetros da meta, San Fermo della Battaglia.
Condições meteorológicas
Dia nublado, mas sem chuva. Temperatura a rondar os 27ºC durante toda toda a prova, o vento vai soprar fraco a moderado de sul, não terá influência no desenrolar da acção.
Startlist
Favoritos
⭐⭐⭐⭐⭐
Remco Evenepoel
Estreia em monumentos e por incrível que pareça é a roda a seguir. Em 2020, participou em 4 provas e venceu todas, a última na Polónia onde aplicou um ataque a 50 Km da meta contra um pelotão cheio de qualidade que foi incapaz de o ir buscar.
É um fenómeno e com 20 anos parte para o seu primeiro monumento como o principal favorito. Ainda conta com uma equipa jovem e talentosa a rodeá-lo com destaque para João Almeida, que tem andado muito.
Remco Evenepoel
Estreia em monumentos e por incrível que pareça é a roda a seguir. Em 2020, participou em 4 provas e venceu todas, a última na Polónia onde aplicou um ataque a 50 Km da meta contra um pelotão cheio de qualidade que foi incapaz de o ir buscar.
É um fenómeno e com 20 anos parte para o seu primeiro monumento como o principal favorito. Ainda conta com uma equipa jovem e talentosa a rodeá-lo com destaque para João Almeida, que tem andado muito.
⭐⭐⭐⭐
Vincenzo Nibali
Vencedor por 2 vezes, parte para mais uma Lombardia como um dos principais candidatos. Não está numa super forma, até porque o pico de forma aponta para o Giro, mas também não tem andado mal.
Se o tubarão sentir sangue, podem ter a certeza que irá atacar.
Jakob Fuglsang
Foi o que ficou mais perto de Evenepoel na Polónia e na Strade Bianche também andou bem até ter rebentado. Campeão em titulo da LBL, quer acrescentar outro monumento ao curriculo e a Lombardia é a melhor oportunidade.
Tem uma boa equipa para o apoiar, com Vlasov a ser uma segunda carta dos cazaques,
Vincenzo Nibali
Vencedor por 2 vezes, parte para mais uma Lombardia como um dos principais candidatos. Não está numa super forma, até porque o pico de forma aponta para o Giro, mas também não tem andado mal.
Se o tubarão sentir sangue, podem ter a certeza que irá atacar.
Jakob Fuglsang
Foi o que ficou mais perto de Evenepoel na Polónia e na Strade Bianche também andou bem até ter rebentado. Campeão em titulo da LBL, quer acrescentar outro monumento ao curriculo e a Lombardia é a melhor oportunidade.
Tem uma boa equipa para o apoiar, com Vlasov a ser uma segunda carta dos cazaques,
⭐⭐⭐
Bauke Mollema
Vencedor do ano passado e este ano é novamente candidato. Andou bem no Tour de l'Ain, mostrou boas pernas e que está pronto para defender o título na Lombardia.
A Trek-Segafredo é uma das equipa mais fortes, com Mollema, Nibali , Brambilla e Ciccone a constituírem um quarteto bastante poderoso e que poderá endurecer a corrida.
George Bennett
Esteve no Tour de l'Ain a destruir o pelotão na montanha e depois foi para Itália destruir a outra metade do pelotão na Gran Piemonte.
Está na melhor forma da vida e chega à Lombardia como um candidato a ganhar a prova. A Jumbo-Visma é a equipa do momento e depois da Milão-São Remo podem adicionar a Lombardia ao brilhante ano.
Bauke Mollema
Vencedor do ano passado e este ano é novamente candidato. Andou bem no Tour de l'Ain, mostrou boas pernas e que está pronto para defender o título na Lombardia.
A Trek-Segafredo é uma das equipa mais fortes, com Mollema, Nibali , Brambilla e Ciccone a constituírem um quarteto bastante poderoso e que poderá endurecer a corrida.
George Bennett
Esteve no Tour de l'Ain a destruir o pelotão na montanha e depois foi para Itália destruir a outra metade do pelotão na Gran Piemonte.
Está na melhor forma da vida e chega à Lombardia como um candidato a ganhar a prova. A Jumbo-Visma é a equipa do momento e depois da Milão-São Remo podem adicionar a Lombardia ao brilhante ano.
⭐⭐
Michael Woods
O canadiano está de malas aviadas para a Israel, mas antes disso tem na Lombardia uma oportunidade de se despedir da EF da melhor forma. É um percurso que se adequa muito bem às suas características, em 2019 foi 5º.
No entanto, na Strade Bianche e Gran Piemonte não mostrou grande coisa.
Tim Wellens
Apresentou-se relativamente bem na Polónia. Já foi 4º e 5º na Lombardia, é um percurso à sua medida, selectivo e ideal para ciclistas ofensivos.
Michael Woods
O canadiano está de malas aviadas para a Israel, mas antes disso tem na Lombardia uma oportunidade de se despedir da EF da melhor forma. É um percurso que se adequa muito bem às suas características, em 2019 foi 5º.
No entanto, na Strade Bianche e Gran Piemonte não mostrou grande coisa.
Tim Wellens
Apresentou-se relativamente bem na Polónia. Já foi 4º e 5º na Lombardia, é um percurso à sua medida, selectivo e ideal para ciclistas ofensivos.
⭐
Aleksander Vlasov
O russo tem realizado um ano fantástico. Na hierarquia da Astana está atrás de Fuglsang para a Lombardia, mas não será de estranhar se conseguir entrar na luta pelos primeiros lugares, está em grande forma e a subir como poucos.
Max Schachmann e Rafal Majka
A Bora-Hansgrohe tem um dilema, quem será o líder na Lombardia? Pela dureza do percurso, Majka deveria ser a aposta mais segura. Schachmann está a andar bem, mas são mais de 4000 metros de acumulado, mas não será escandaloso ver o alemão nos primeiros postos.
Outros: Wilco Kelderman, Diego Ulissi, Fabio Aru, Ivan Sosa, Richard Carapaz, Mathieu Van der Poel
Aleksander Vlasov
O russo tem realizado um ano fantástico. Na hierarquia da Astana está atrás de Fuglsang para a Lombardia, mas não será de estranhar se conseguir entrar na luta pelos primeiros lugares, está em grande forma e a subir como poucos.
Max Schachmann e Rafal Majka
A Bora-Hansgrohe tem um dilema, quem será o líder na Lombardia? Pela dureza do percurso, Majka deveria ser a aposta mais segura. Schachmann está a andar bem, mas são mais de 4000 metros de acumulado, mas não será escandaloso ver o alemão nos primeiros postos.
Outros: Wilco Kelderman, Diego Ulissi, Fabio Aru, Ivan Sosa, Richard Carapaz, Mathieu Van der Poel
A nossa aposta: Remco Evenepoel
Joker: George Bennett
Seguir em directo: @Il_Lombardia, #IlLombardia
Eurosport 2 (a partir das 15:50, hora de Portugal Continental)
Post a Comment