Guia Milão-São Remo 2018
Este sábado, disputa-se o primeiro monumento da temporada 2018. A 'clássica da
primavera', que também conhecida por Classicissima, é um dos dois
monumentos que se corre em Itália, o outro é curiosamente o último da
época, o Giro da Lombardia.
Como qualquer um dos cinco monumentos, é uma prova apaixonante, com
muitas histórias épicas que fazem com que esta clássica lendária seja
uma das mais desejadas por qualquer ciclista. É a prova mais longa do
ciclismo profissional, com perto de 300 quilómetros, sendo que se
acrescentarmos a distância que a corrida é neutralizada em Milão, a
prova conta mesmo com os 300 quilómetros.
Este ano a meta volta para a Via Roma em São Remo, foi nesta avenida que
Eddy Merckx venceu todas as sete edições que conta no currículo.
Será a 109ª edição em 111 anos de existência, Eddy Merckx é o
recordista, com sete vitórias, seguido de seis vitórias de Constante
Girardengo, quatro de Gino Bartali e Erik Zabel e três de Fausto Coppi,
de Roger de Vlaeminck e Óscar Freire.
A Itália é o país com mais triunfos, 50 no total, seguido da Bélgica com 20 e a França fecha o pódio com 13.
Também
conhecida como a 'clássica dos sprinters' e o palmarés prova o porquê
dessa alcunha. Será que este ano os especialistas das clássicas
conseguirão bater os sprinters?
História
últimos 10 vencedores
2008 Fabian Cancellara (SUI) Team CSC
2009 Mark Cavendish (GBR) Team Columbia–High Road
2010 Óscar Freire (ESP) Rabobank
2011 Matthew Goss (AUS) HTC–Highroad
2012 Simon Gerrans (AUS) GreenEDGE
2013 Gerald Ciolek (GER) MTN–Qhubeka
2014 Alexander Kristoff (NOR) Team Katusha
2015 John Degenkolb (GER) Giant–Alpecin
2016 Arnaud Dèmare (FRA) FDJ
2017 Michal Kwiatkowski
2009 Mark Cavendish (GBR) Team Columbia–High Road
2010 Óscar Freire (ESP) Rabobank
2011 Matthew Goss (AUS) HTC–Highroad
2012 Simon Gerrans (AUS) GreenEDGE
2013 Gerald Ciolek (GER) MTN–Qhubeka
2014 Alexander Kristoff (NOR) Team Katusha
2015 John Degenkolb (GER) Giant–Alpecin
2016 Arnaud Dèmare (FRA) FDJ
2017 Michal Kwiatkowski
Top-10 2017
1 Michal Kwiatkowski (Pol) Team Sky 7:08:39
2 Peter Sagan (Svk) Bora-Hansgrohe
3 Julian Alaphilippe (Fra) Quick-Step Floors
4 Alexander Kristoff (Nor) Katusha-Alpecin 0:00:05
5 Fernando Gaviria (Col) Quick-Step Floors
6 Arnaud Demare (Fra) FDJ
7 John Degenkolb (Ger) Trek-Segafredo
8 Nacer Bouhanni (Fra) Cofidis, Solutions Credits
9 Elia Viviani (Ita) Team Sky
10 Caleb Ewan (Aus) Orica-Scott
Curiosidades em números
7: maior número de vitórias, por Eddy Merckx.
6: o número de vitórias do segundo mais vitorioso,Costante Girardengo.
4: o número de vitórias dos terceiros mais vitoriosos, Erik Zabel e Gino Bartali
5: o número de edições vencidas por um ciclista que vestia a camisola de campeão do mundo: Alfredo Binda (1931), Eddy Merckx (1972, 1975), Felice Gimondi (1974) e Giuseppe Saronni (1983)
5.46: tempo mais rápido da subida do Poggio, por Giorgio Furlan em 1994.
9.36: tempo mais rápido da subida da Cipressa, por Francesco Casagrande em 2001.
16: é o número de estreantes que venceram na estreia – o último foi Cavendish em 2009.
20: idade do vencedor mais jovem, Ugo Agostini na edição de 1914.
23: número de curvas da descida do Poggio.
36: idade do vencedor mais velho, Andre Tchmil na edição de 1999.
44: número de corredores que venceram isolados.
45.806: velocidade média (Km/h) mais alta numa edição, por Bugno em 1990.
50: número de edições ganha por italianos (os belgas surgem em segundo com 20).
108: número de edições até 2018.
175: participantes; 25 equipas com 7 ciclistas cada uma.
300: número de quilómetros se a zona neutralizada contasse.
1907: ano da edição inaugural, o vencedor foi: Lucien Petit-Breton (France & Peugeot).
1960: ano em que a subida ao Poggio foi introduzida no percurso.
1982: ano em que a subida a Cipressa foi introduzida no percurso.
2008: último ano em que um corredor venceu isolado, o autor da proeza foi Fabian Cancellara.
20 000: será o prémio em Euros, para o vencedor da prova em 2018.
Percurso
Milão - São Remo (via Roma), 294 Km
O percurso da Classicissima pouco mudou nos últimos anos, 294
quilómetros de extensão, com as dificuldades a aparecerem na parte
final, com as
subidas ao Cipressa e Poggio, em pano de fundo, a bela vista para o mar mediterrâneo.
A meio há o passo del Turchino, mas que habitualmente não causa grande
impacto no pelotão. A extensão e a parte final fazem a seleção, o
vencedor terá de ser um ciclista suficientemente resistente e se acabar
num sprint, também terá de ter uma explosão final para bater os
adversários.
Na parte final, as dificuldades aparecem aos 241,5 (Capo Mele), 246,8 (Capo Cervo) e 254,9 Km (Capo Berta). Depois aparece a Cipressa, onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Kms com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.
O topo do Cipressa fica a cerca de 21,5 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, que já se tornou emblemática na história do ciclismo.
Subidas relevantes:
- Passo del Turchino (549 m, 2.9 Km at 5.1%, Km 143.7),
- Capo Mele (77 m, 1.5 Km at 4.9%, Km 241.5),
- Capo Cervo (62 m, 1.8 Km at 2.8%, Km 246.8),
- Capo Berta (125 m, 2.0 Km at 6.0%, Km 254.9),
- Cipressa (238 m, 5.6 Km at 4.1%, Km 272.1),
- Poggio (164 m, 3.6 Km at 3.8%, Km 288.1).
Zonas de abastecimento:
- Campo Ligure (351 m, Km 136.2),
- Ceriale (5 m, Km 223.7).
Na parte final, as dificuldades aparecem aos 241,5 (Capo Mele), 246,8 (Capo Cervo) e 254,9 Km (Capo Berta). Depois aparece a Cipressa, onde se começa a fazer a seleção a sério, são 5,6 Kms com 4% de inclinação média, com uma rampa a 9%.
O topo do Cipressa fica a cerca de 21,5 quilómetros da meta, os ciclistas descem então e têm uma zona plana até ao inicio da subida do Poggio, que só é complicado porque encontra-se bem no final e o cansaço acumulado já pesa nas pernas. São 3,7 de comprimento a 3,7% de inclinação média, com uma rampa a 8%.
A linha de meta em São Remo, situa-se na famosa Via Roma, que já se tornou emblemática na história do ciclismo.
Subidas relevantes:
- Passo del Turchino (549 m, 2.9 Km at 5.1%, Km 143.7),
- Capo Mele (77 m, 1.5 Km at 4.9%, Km 241.5),
- Capo Cervo (62 m, 1.8 Km at 2.8%, Km 246.8),
- Capo Berta (125 m, 2.0 Km at 6.0%, Km 254.9),
- Cipressa (238 m, 5.6 Km at 4.1%, Km 272.1),
- Poggio (164 m, 3.6 Km at 3.8%, Km 288.1).
Zonas de abastecimento:
- Campo Ligure (351 m, Km 136.2),
- Ceriale (5 m, Km 223.7).
Meteorologia
O clima pode influenciar profundamente a prova, já que é esperada chuva. O frio também marcará presença, a temperatura não deverá ultrapassar os 9ºC. O vento soprará fraco.
Startlist
Aqui
Favoritos
10 nomes a seguir
Peter Sagan
O campeão na edição do ano passado, falhou por pouco a vitória, ao ser batido por Michal Kwiatkowski num sprint a três, com o polaco e o francês Julian Alaphilippe.
Este ano, o eslovaco parece mais focado e completamente centrado nos principais objetivos e o primeiro do ano é vencer a Milão-São Remo.
Tanto pode vencer com um ataque no Poggio, como num sprint em pelotão compacto.
Michal Kwiatkowski
Venceu a edição de 2017, depois de resistir ao ataque de Peter Sagan no Poggio. Iniciou o ano em grande forma e é um ciclistas extraordinário a ler a corrida.
Também tem uma ponta final temível num grupo pequeno. Se a prova terminar em pelotão compacto, as hipóteses de repetir a vitória são remotas.
Arnaud Demare
Venceu a edição de 2016, sabe o que é preciso para ganhar em São Remo. Tem uma equipa interessante para controlar a prova e como mostrou no Paris-Nice, está em boa forma.
Se a chegada for em pelotão compacto é um dos grandes favoritos.
Alexander Kristoff
Vencedor em 2014, tem um registo impressionante na prova, com um 2º lugar e desde 2013, fez sempre melhor que o 9º lugar.
O norueguês deu alguns sinais positivos nas primeiras provas do ano, mas no Paris-Nice abandonou devido a um gripe.
Elia Viviani
É um dos ciclistas com mais vitórias neste inicio de temporada. A mudança para a Quick-Step Floors parece que fez muito bem ao italiano.
Foi 9º no ano passado e este ano com o que já mostrou até aqui, só pode ambicionar com mais.
Julian Alaphilippe
Foi um dos que aguentou o ataque de Peter Sagan no Poggio no ano passado. No sprint foi batido por Kwiatkowski e pelo campeão do mundo.
Este ano, a receita deverá ser a mesma, só com a grande diferença que o francês terá de atacar e arranjar companhia melhor, para ter hipóteses na ponta final.
Sonny Colbrelli
É uma das esperanças italianas. Colbrelli é um ciclista completo, que passa bem subidas como a Cipressa e o Poggio, mas também consegue disputar sprints com os homens mais rápidos.
Tal como Kristoff esteve doente, mas nada de grave.
Michael Matthews
Não começou muito bem a temporada, abandonou na única prova que realizou, a Omloop. O australiano já fez pódio aqui, foi 3º em 2015 e é a grande aposta da Sunweb para este ano.
Não deve ter problemas em passar a Cipressa e o Poggio.
Matteo Trentin
A Michelton-Scott é uma das equipas mais completas presentes. Além de Trentin têm Caleb Ewan, que no ano passado foi 10º, ou seja, têm um ciclista mais versátil como é Trentin e um puro-sprinter como é Ewan.
O italiano tem vindo a melhorar e mostrou-o no Paris-Nice, onde fez um grande trabalho para Simon Yates.
Greg Van Avermaet
Não esteve muito forte no inicio das clássicas, mas estamos a falar do campeão olímpico e do homem que dominou a temporada de clássicas em 2017.
O belga terá de atacar na Cipressa ou no Poggio e se estiver bem, pode partir toda a corrida. Nunca se deve subestimar Greg Van Avermaet.
***** Peter Sagan
**** Michal Kwiatkowski, Arnaud Demare
*** Elia Viviani, Alexander Kristoff, Julian Alaphilippe
** Matteo Trentin, Magnus Cort, Caleb Ewan, Sonny Colbrelli, Michael Matthews, Danny Van Poppel, André Greipel
* Philippe Gilbert, Sacha Modolo, Luis Leon Sanchez, Edvald Boasson Hagen, Gianni Moscon, Greg Van Avermaet
A nossa aposta: Peter Sagan
Outsider: Arnaud Demare
Seguir em direto: #MilanoSanremo, #MSR, @Milano Sanremo
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