Guia Paris-Roubaix 2022
For some, it's only a dirt track. For us, it's the gate of hell.
Para alguns, é apenas uma percurso sujo. Para nós, é a porta do
inferno.
A rainha das clássicas, a clássicas das clássicas, o inferno do norte, o
infame Paris-Roubaix celebra este domingo a sua 119ª edição.
A sua grandeza e misticismo é algo único no ciclismo mundial, que apaixona
ciclistas e milhões de adeptos da modalidade. O Tour é provavelmente a única
prova que concorre com o Paris-Roubaix em termos de popularidade e
importância.
Desde 1896 que se corre a prova no norte de França, apesar de se chamar
Paris-Roubaix desde 1968 que a partida não sai de Paris, mas sim de uma
cidade a norte da cidade Luz, Compiègne, que pertence à região de
Picardie.
História
Não há prova igual a esta, é uma das mais antigas. Criada em 1986, quando
Théodore Vienne e Maurice Perez, construíram o velódromo em Roubaix e
propuseram ao editor da Le Vélo, Louis Minart, a realização de uma prova que
começaria em Paris e terminaria nele. Minart deixou a decisão final para o
director da publicação, Paul Rousseau. A abordagem foi no sentido da prova
ser de preparação para o Bordéus-Paris, uma das provas mais importantes
dessa altura.
Paul Rousseau mostrou-se a favor da ideia e para definir o percurso, pediu
ao editor de ciclismo Victor Breyer que o fizesse. Breyer foi reconhecer o
percurso e chegou imundo e completamente de rastos a Roubaix, a intenção era
enviar por carta uma recomendação a Minart para desistir da ideia, porém,
tal não aconteceu e Breyer concordou em dar o seu aval à realização da
prova. Definindo um percurso por meio de florestas, campos agrícolas e com
muito pavé à mistura.
O primeiro vencedor da prova foi o alemão, Josef Fischer.
Desde aí, a prova realiza-se até aos dias de hoje, apenas teve dois
interregnos, durante a primeira e segunda grande guerra.
Em termos de vitórias, Roger de Vlaeminck e Tom Boonen são os recordistas
com quatro vitórias. Aqui fica a lista dos mais vitoriosos:
4 - Roger De Vlaeminck, BEL
4 - Tom Boonen, BEL
3 - Octave Lapize, FRA
3 - Gaston Rebry, BEL
3 - Rik Van Looy, BEL
3 - Eddy Merckx, BEL
3 - Francesco Moser, ITA
3 - Johan Museeuw, BEL
3 - Fabian Cancellara, SUI
Roger de Vlaeminck, é conhecido por Monsieur Paris-Roubaix, nãosó pelas
vitórias mas também pela quantidade de pódios, foram 9. Aqui fica a lista
dos que fizeram mais pódios na prova:
9 - Roger De Vlaeminck, BEL
7 - Francesco Moser, ITA
6 - Rik Van Looy, BEL
6 - Johan Museeuw, BEL
6 - Tom Boonen, BEL
6 - Fabian Cancellara, SUI
A prova é francesa, mas é a Bélgica a grande dominadora da prova:
1 - Bélgica 57
2 - França 28
3 - Itália 14
4 - Holanda 6
5 - Suíça 4
6 - Irlanda 2
6 - Alemanha 2
7 - Luxemburgo 1
7 - Suécia 1
7 - Ucrânia 1
7 - Austrália 2
últimos vencedores
2010 Fabian Cancellara (SUI) Team Saxo Bank2011 Johan Vansummeren (BEL) Garmin–Cervélo
2012 Tom Boonen (BEL) Omega Pharma–Quick-Step
2013 Fabian Cancellara (SUI) RadioShack–Leopard
2014 Niki Terpstra (NED) Omega Pharma–Quick-Step
2015 John Degenkolb (GER) Giant–Alpecin
2016 Matthew Hayman (AUS) Orica-GreenEdge
2017 Greg Van Avermaet (BEL) BMC
2018 Niki Terpstra (NED) Quick-Step Floors
2019 Philippe Gilbert (BEL) Deceuninck-QuickStep
2020 Não se realizou
2021 Sonny Colbrelli (ITA) Bahrain
Percurso
Compiègne> Roubaix (257 Km)
Paris-Roubaix é sinónimo de pavé, o primeiro sector surge aos
96 Km de prova e depois serão mais 29 que farão a seleção e separará o
trigo do joio. Todos eles são avaliados entre uma a cinco estrelas,
definindo a dificuldade dos mesmos. Se o sector for de cinco estrelas isso
significa que tem a dificuldade máxima e se tiver apenas uma, dificuldade
mínima. A definição da dificuldade é dado pela qualidade
do pavé e extensão do sector.
Entre todos os sectores, destacam-se claramente dois: a mítica floresta de Arenberg, que este ano aparece ao quilómetro 162,4 (sector 19) e o Le Carrefour de l’Arbre (sector 4), que está a 17 Km da meta, sendo este o sector que pode decidir a corrida, por estar tão próximo do final.
Há quatro anos foi introduzido outro sector com a máxima dificuldade, é o número 11, Mons-en-Pévèle, que está situado a 48,6 Km da meta. Este setor é crucial na seleção.
Como já é habitual, o inicio da prova será nos arredores de Paris, em Compiègne e terminará num dos palcos mais míticos e importantes do ciclismo mundial, o velódromo de Roubaix. O pavé e a extensão, fazem do Paris-Roubaix um dos testes mais duros, fisicamente e mentalmente para qualquer ciclista e também para as máquinas.
Entre todos os sectores, destacam-se claramente dois: a mítica floresta de Arenberg, que este ano aparece ao quilómetro 162,4 (sector 19) e o Le Carrefour de l’Arbre (sector 4), que está a 17 Km da meta, sendo este o sector que pode decidir a corrida, por estar tão próximo do final.
Há quatro anos foi introduzido outro sector com a máxima dificuldade, é o número 11, Mons-en-Pévèle, que está situado a 48,6 Km da meta. Este setor é crucial na seleção.
Como já é habitual, o inicio da prova será nos arredores de Paris, em Compiègne e terminará num dos palcos mais míticos e importantes do ciclismo mundial, o velódromo de Roubaix. O pavé e a extensão, fazem do Paris-Roubaix um dos testes mais duros, fisicamente e mentalmente para qualquer ciclista e também para as máquinas.
Setores de pavé
Startlist
Condições Atmosféricas
Tempo seco.
17ºC.
Vento fraco de sudeste.
Previsão: Headwindapp
Favoritos
QuickStep
Está a ser uma primavera muito complicada para a equipa belga. Os lobos apresentam um bloco poderoso mas que este ano foi ultrapassado pela Jumbo-Visma e Ineos.
Mas o Roubaix é uma prova muito especial onde a experiência e a sorte são fatores que podem fazer toda a diferença.
Kasper Asgreen tem sido o melhor elemento da equipa deste bloco, mas atenção a Yves Lampaert e Florian Senechal que neste terreno são ciclistas experimentados e que podem andar com os melhores. Declercq, Stybar e Ballerini completam um alinhamento que noutros anos seria o melhor em prova, mas estamos em 2022 e as coisas mudaram.
Jumbo-Visma
Depois do Covid, como estará Wout Van Aert? Não acreditamos que estará na prova a trabalhar para outros.
As abelhas são poderosas, Christophe Laporte é um plano B de respeito e Mike Teunissen é um ciclista que também anda muito bem no empedrado. A restante equipa é constituída por ciclistas trabalhadores e que preparão o terreno para os líderes.
Ineos
A última semana foi de sonho para os britânicos. Veremos o que podem fazer aqui, Filippo Ganna irá estrear-se no Roubaix, Dylan van Baarle está em forma e dupla Turner e Sheffield têm sido as revelações.
Alpecin-Fenix
Mathieu van der Poel tem ao seu dispor uma equipa poderosa. O neerlandês confessou que está em boa forma e por isso espera estar na luta pela vitória.
Em 2021 foi batido no velódromo por Sonny Colbrelli e Florian Vermeersch, este ano parte com menos pressão porque já tem um monumento no bolso.
Trek-Segafredo
Mads Pedersen apresentou-se em grande forma no Circuit de Sarthe, só não ganhou a geral devido a queda na última etapa.
O dinamarquês tem tudo para ganhar o Roubaix, adora pavé, dá-se bem com distâncias longas e tem um sprint portentoso.
Jasper Stuyven é um plano B de respeito, veremos se a equipa americana pode usá-lo tacticamente.
Stefan Kung
Que temporada fantástica do suíço, só lhe falta a vitória. É um ciclista que não se pode dar muitos metros, depois é muito complicado apanhá-lo, talvez por isso raramente consegue chegar sozinho porque é muito marcado.
Não possui um sprint forte e por isso terá de correr agressivamente.
Alexander Kristoff
Fez uma exibição de gala na Scheldeprijs e por isso é um ciclista a ter em conta para este Roubaix. É um ciclista muito parecido a Pedersen, possui as mesmas qualidades.
Outros: Mohoric, Politt, Trentin, Turgis, Van Avermaet, van der Hoorn
★★★★★ van der Poel
★★★★ Van Aert, Pedersen
★★★ Asgreen, Laporte, Kung
★★ Kristoff, van Baarle, Lampaert
★ Ganna, Stuyven, Senechal
A nossa aposta: Mathieu van der Poel
Joker: Pippo Ganna
TV: Eurosport 1 (09:55, Lisboa)
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