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Guia Milão-São Remo

Amanhã disputa-se o primeiro monumento da temporada 2016. A 'clássica da primavera', que também conhecida por Classicissima, é um dos dois monumentos que se corre em Itália, o outro é curiosamente o último da época, o Giro da Lombardia.
Como qualquer um dos cinco monumentos, é uma prova apaixonante, com muitas histórias épicas que fazem com que esta clássica lendária seja uma das mais desejadas por qualquer ciclista. É a prova mais longa do ciclismo profissional, com perto de 300 quilómetros, sendo que se acrescentarmos a distância que a corrida é neutralizada em Milão, a prova conta mesmo com os 300 quilómetros.
Este ano a meta volta para a Via Roma em São Remo, foi nesta avenida que Eddy Merckx venceu todas as sete edições que conta no currículo.
Será a 107ª edição em 109 anos de existência, Eddy Merckx é o recordista, com sete vitórias, seguido de seis vitórias de Constante Girardengo, quatro de Gino Bartali e Erik Zabel e três de Fausto Coppi, de Roger de Vlaeminck e Óscar Freire.
A Itália é o país com mais triunfos, 50 no total, seguido da Bélgica com 20 e a França fecha o pódio com 12.
Esta é também conhecida como a 'clássica dos sprinters, será que os especialistas das clássicas conseguirão bater os sprinters?

História
últimos 10 vencedores
2006 Filippo Pozzato (ITA) Quick-Step–Innergetic
2007 Óscar Freire (ESP) Rabobank
2008 Fabian Cancellara (SUI) Team CSC
2009 Mark Cavendish (GBR) Team Columbia–High Road
2010 Óscar Freire (ESP) Rabobank
2011 Matthew Goss (AUS) HTC–Highroad
2012 Simon Gerrans (AUS) GreenEDGE
2013 Gerald Ciolek (GER) MTN–Qhubeka
2014 Alexander Kristoff (NOR) Team Katusha
2015 John Degenkolb (GER) Giant–Alpecin

Curiosidades em números 
7: maior número de vitórias, por Eddy Merckx.
6: o número de vitórias do segundo mais vitorioso,Costante Girardengo.
4: o número de vitórias dos terceiros mais vitoriosos, Erik Zabel e Gino Bartali
5: o número de edições vencidas por um ciclista que vestia a camisola de campeão do mundo: Alfredo Binda (1931), Eddy Merckx (1972, 1975), Felice Gimondi (1974) e Giuseppe Saronni (1983)
5.46: tempo mais rápido da subida do Poggio, por Giorgio Furlan em 1994.
9.36: tempo mais rápido da subida da Cipressa, por Francesco Casagrande em 2001.
16: é o número de estreantes que venceram na estreia – o último foi Cavendish em 2009.
20: idade do vencedor mais jovem, Ugo Agostini na edição de 1914.
23: número de curvas da descida do Poggio.
36: idade do vencedor mais velho, Andre Tchmil na edição de 1999.
44: número de corredores que venceram isolados.
45.806: velocidade média (Km/h) mais alta numa edição, por Bugno em 1990.
50: número de edições ganha por italianos (os belgas surgem em segundo com 20).
106: número de edições até 2016.
200: participantes; 25 ciclistas divididos por 8 equipas.
300: número de quilómetros se a zona neutralizada contasse.
1907: ano da edição inaugural, o vencedor foi: Lucien Petit-Breton (France & Peugeot).
1960: ano em que a subida ao Poggio foi introduzida no percurso.
1982: ano em que a subida a Cipressa foi introduzida no percurso.
2008: último ano em que um corredor venceu isolado, o autor da proeza foi Fabian Cancellara.
20000: será o prémio em Euros, para o vencedor da prova em 2016.

Percurso
Milão - São Remo (via Roma), (291 Kms)
O percurso da Classicissima pouco mudou nos últimos anos, 291 quilómetros de extensão, com as dificuldades a aparecerem na parte final, com pano de fundo, a vista para o mar, perto de San Remo, a subida ao Cipressa e Poggio.
A meio há o passo del Turchino, mas que habitualmente não causa grande impacto no pelotão. A extensão e a parte final fazem a selecção, o vencedor terá de ser um ciclista suficientemente resistente e se acabar num sprint, também terá de ter uma explosão final para bater os adversários.

Mapa da prova

Perfil da prova

Meteorologia
Grande parte do percurso, os corredores terão vento de frente. No Poggio em principio o vento será lateral, na descida e na parte final em São Remo, novamente vento de frente.

Startlist
Aqui

Equipas
UCI World Teams
AG2R La Mondiale
Astana
BMC Racing Team
Cannondale
Team Dimension Data
Etixx–Quick-Step
FDJ
IAM Cycling
Lampre–Merida
Lotto–Soudal
Movistar Team
Orica–GreenEDGE
Giant–Alpecin
Team Katusha
LottoNL–Jumbo
Team Sky
Tinkoff
Trek–Segafredo

UCI Professional Continental
Androni Giocattoli–Sidermec
Bardiani–CSF
Bora–Argon 18


Favoritos
10 nomes a seguir
Fabian Cancellara
O curriculo do suiço nesta prova é impressionante para um ciclista que não é sprinter, venceu uma vez, três segundos lugares e um terceiro.
Este ano, Spartacus chega ao Milão-São Remo em grande forma, as vitórias nos contrarelógios do Algarve e Tirreno-Adriático e  na clássica italiana, Strade Bianche, atestam a forma espantosa que se encontra.

Peter Sagan
Mais um ano em que Sagan começou o ano perto das vitórias, mas sem ainda conseguir uma. Falta sempre algo para chegar lá, o campeão do mundo, como nos habituou estará na luta pela vitória. Uma das fraquezas que o eslovaco tem demonstrado é a falta de pernas na parte final, sendo invariavelmente batido. 
Porém deverá estar na discussão da vitória e por isso é um dos homens a acompanhar de perto.

Alexander Kristoff
Vencedor em 2014 e segundo classificado atrás de Degenkolb na edição passada, o norueguês volta a ser um dos grandes favoritos este ano.
Teve um inicio de 2016 com algumas vitórias, demonstrando que está preparado para o primeiro monumento do ano. Ao contrário de Sagan, o ciclista da Katusha consegue finalizar após uma clássica longa e aprova são os dois monumentos já conquistados.
Outra das vantagens de Kristoff é a excelente equipa que o terá a apoiar.

Greg Van Avermaet
Passou anos a ser conhecido como o eterno segundo classificado, ao que parece este ano esse título parece ter ficado para trás. O belga vem de grandes resultados nomeadamente as vitórias na Omloop e no Tirreno-Adriático.
Está em grande momento de forma e tem aqui mais uma oportunidade de vencer o seu primeiro monumento da carreira.

Michael Matthews
Foi terceiro classificado em 2015 e chega este ano em bom momento, a prova disso, foi o excelente Paris-Nice que fez.
É um sprinter, mas que consegue passar bem dificuldades como a Cipressa e o Poggio, é um dos grandes favoritos este ano e terá uma equipa muito forte a apoiá-lo.

Nacer Bouhanni
O francês é um sprinter que também consegue aguentar subidas como a Cipressa e o Poggio, como o fez no ano passado, onde foi sexto classificado. No último Paris-Nice venceu uma etapa e chegou na frente numa outra chegada depois de uma luta corpo a corpo com Matthews, a vitória dessa etapa acabou por lhe ser retirada.

Zdenek Stybar
Não é um sprinter, mas é daqueles ciclistas que não se podem dar 10 metros, porque o checo aproveita e depois é muito complicado de o ir buscar. Um especialista de clássicas, é um dos ciclistas em melhor forma. Vem de uma vitória de etapa no Tirreno-Adriático e de uma excelente exibição na Strade Bianche, onde apenas Cancellara o conseguiu bater.

Edvald Boasson Hagen
O campeão norueguês aparece nesta prova como um apoio a Mark Cavendish. Porém o britânico poderá não conseguir passar com os da frente na Cipressa ou no Poggio e a equipa sul-africana tem em Boasson Hagen uma segunda opção de. 
É um corredor com uma boa ponta final, sem que não seja um sprinter clássico, que este ano já brilhou no Tour de Oman e do Qatar.

Niccolo Bonifazio
Um dos ciclistas italianos com mais futuro, para este tipo de terreno. Excelente finalizador, mas também suficientemente versátil para aguentar provas longas e com algumas dificuldades pelo meio.
No ano passado ao serviço da Lampre, Bonifazio conseguiu um brilhante quinto lugar, este ano tem Fabian Cancellara na equipa, mas nem por isso é uma carta fora do baralho, sobretudo se a prova for decidida com um sprint num grupo reduzido.
O jovem italiano também conhece muito bem estas estradas, já que é natural da região.

Ben Swift
A Sky apresenta Elia Viviani como o sprinter para esta prova, mas o italiano não se dá bem com o Poggio e com a Cipressa. Ainda contam com Kwiatkowski e Geraint Thomas, que poderão surpreender, no entanto o homem que melhor se adapta à classicissima é Ben Swift e os seus resultados não enganam. Foi terceiro em 2014 e na edição passado foi 13º.


***** Fabian Cancellara, Alexander Kristoff
**** Peter Sagan, Greg Van Avermaet, Michael Matthews
*** Nacer Bouhanni, Zdenek Stybar, Niccolo Bonifazio
** Edvald Boasson Hagen, Ben Swift, Mark Cavendish
* Arnaud Démare, Fernando Gavíria, Giacomo Nizzolo, Elia Viviani, Sacha Modolo, Juan Jose Lobato

A nossa aposta: Fabian Cancellara
Outsider: Niccolo Bonifazio

Seguir em directo: Eurosport 1, #MilanoSanremo, #MSR, @Milano Sanremo


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