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Análise da Tinkoff-Saxo 2015

A temporada da Tinkoff-Saxo estava focada em dois homens, Alberto Contador e Peter Sagan. O espanhol tentava um feito histórico, que desde Pantani em 1998, ninguém tinha alcançado, vencer Giro e Tour no mesmo ano, apenas venceria a prova italiana.
Peter Sagan tinha como grande objectivo vencer um monumento, estar bem nas clássicas da primavera, vencer a camisola verde e arrecadar o maior número possível de vitórias nas clássicas e etapas.
A equipa ao todo, durante 2015 obteve 28 vitórias.

Contador abriu a temporada a vencer a 3ª etapa da Vuelta à Andalucia, a primeira da equipa em 2015. No final, o espanhol acabaria por perder a prova para Froome, num dos momentos de ciclismo mais marcantes do ano, num duelo fantástico entre dois dos melhores ciclistas da sua geração.

A primavera foi muito complicada para a equipa de Oleg Tinkov, que com a sucessão de maus resultados, decidiu despedir Bjarne Riis. Sagan nesta fase da temporada foi uma desilusão, andou perto da frente mas nunca conseguiu finalizar de forma a ter uma única vitória. A primeira dele e a segunda da Tinkoff-Saxo apareceu apenas na 6ª etapa no Tirreno-Adriático. Em 2014 Alberto Contador, mostrou no Tirreno-Adriático a sua extraordinária forma, em 2015, mostrou fragilidades, batido por Nairo Quintana, porém, o espanhol estava a preparar o Giro, o que indicava diferentes picos de forma.
Em abril, Manuele Boaro vence a 4ª etapa do Circuit Sarthe - Pays de Loire, num período em que a equipa vivia um crise profunda de resultados.
As coisas iriam melhorar em maio, com a equipa a registar um dos melhores meses do ano. Peter Sagan foi a estrela na Califórnia começando a justificar a contratação, venceu duas etapas (4ª e 6ª) e conseguiu o extraordinário feito de ganhar a geral individual.

Jesper na Volta à Noruega, venceu a 3ª etapa e a geral, dando continuidade nao bom mês da equipa. 
Mas era no Giro que as atenções estavam postas, um dos grandes objectivos do ano. Contador venceu confortavelmente a geral, mas sem ganhar qualquer etapa. Numa prova em que a equipa demonstrou fragilidades no apoio ao seu líder, que no entanto, ganhou sem contestação a prova, dominando-a praticamente do principio até ao fim.
Junho seria também um mês bastante positivo. Michael Kolar venceu a 5ª etapa da Volta à Eslovénia. Sagan venceu a 3ª e 6ª etapas da Volta à Suiça e Contador venceu a 3ª e geral da Route du Sud, na antecâmara do Tour.
Christophe Juul-Jensen e Peter Sagan sagram-se campeões nacionais de contrarelógio. O eslovaco também renova o título na prova de fundo e Chris Anker Sorensen também se sagra campeão nacional na mesma disciplina.

Alberto Contador com o magnifico troféu do Giro d'Italia
Chegava o Tour, o outro grande objectivo de Contador, que perante a concorrência e com o Giro nas pernas, acabou por pagar e não foi além do 5º lugar da geral. O melhor do momento da equipa foram dados por Peter Sagan que contudo não conseguiu vencer nenhuma etapa mas ganhou mais uma vez a classificação por pontos. Rafal Majka venceu a 11ª etapa, noutro momento alto da equipa no Tour de 2015.

Depois do Tour, seguiu- se Volta à Polónia, onde Bodnar venceu a 4ª etapa. Logo de seguida da Volta à Dinamarca, prova completamente dominada pela Tinkoff-Saxo. Matti Breschel venceu a 3ª e 4ª etapas, Michael Morkov a 6ª e Chris Juul-Jensen arrebatou a geral.
Na habitual ronda pelos Estados Unidos em agosto, Kreuziger foi o único que conseguiu dar uma alegria à equipa russa, ao vencer a 6ª etapa do USA Pro Challenge. 
Seguia-se a última grande volta, a Vuelta, o líder seria Rafal Majka, que conseguiu o seu primeiro pódio numa prova de 3 semanas, ao ficar em 3º lugar, sem no entanto, ter conseguido ganhar qualquer etapa.
Peter Sagan venceu a 3ª etapa, sendo que seria obrigado a abandonar dias depois, após um incidente com uma das motas que acompanham a prova, situação que se repetiria com Sérgio Paulinho.
Nas provas de outono em Itália, duas vitórias, na 2ª etapa do Giro della Regione Friuli Venezia Giulia por Felix Großschartner e Daniele Bennati arrebataria o GP Industria & Commercio di Prato. 

No final de setembro, Peter Sagan sagrou-se campeão do mundo, num dos momentos mais marcantes do ano.

Curiosidades e dados estatísticos
País: Rússia
Classificação UCI 2015: 7ª
Número de vitórias em 2015: 28 (11ª equipa com mais vitórias em 2015)
Melhor ciclista no ranking UCI 2015: Alberto Contador (7º)
Corredor com mais Kms em 2015: Pavel Brutt (15 686 Kms, 4º entre todos os ciclistas em 2015)
Corredor com mais dias de competição: Pavel Brutt (98 dias, 3º entre todos os ciclistas em 2015)
Corredor com maior número de vitórias: Peter Sagan (10 vitórias, 9º entre todos os ciclistas em 2015)
Orçamento: 14 milhões de Euros
Fornecedor de bicicletas: Specialized
Outros componentes: Shimano

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